DISFUNÇÃO SEXUAL

A disfunção sexual é uma condição médica bastante prevalente, principalmente entre as mulheres. Já no final da década de 1970, um estudo publicado na revista médica de maior impacto na literatura (New England Journal of Medicine), estimou que 77% das mulheres relataram dificuldades sexuais.
A disfunção sexual pode afetar o desejo sexual e/ou alterar as respostas biopsicossociais frente aos estímulos sexuais, trazendo sofrimento, insatisfação e angústia para o casal. Trata-se da incapacidade de participar do ato sexual de forma satisfatória, devido à dor relacionada à pentetração ou impedimento em uma ou mais fases do ciclo de resposta sexual (desejo-excitação-orgasmo-resolução).
Dentre as disfunções sexuais femininas, enquadram-se: dispareunia (dor á penetração), anorgasmia (incapacidade de atingir o orgasmo), diminuição de libido/vontade (desejo sexual hipoativo), dificuldade de excitação (“frigidez), aversão sexual, e vaginismo (contração muscular involuntária que impede a penetração).
A origem da Disfunção Sexual é muito variada, podendo ser derivada de transtornos físicos, psíquicos ou sociais. Na maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais. Contribuem para isso a rotina, a educação sexual que se recebeu, a falta de diálogo entre os parceiros, as práticas sexuais pouco gratificantes. O próprio fato de envelhecer e as dificuldades do cotidiano também podem interferir na satisfação sexual. Atualmente, a mulher, com sua tripla jornada de trabalho, encontra-se sobrecarregada, dificultando a obtenção de uma vida sexual satisfatória.
Apesar de mais rara, a falta de desejo pode estar ligada a problemas orgânicos, como por alterações hormonais (progesterona, estrogênio e testosterona), comorbidades, depressão ou uso incorreto de medicamentos. Sem desejo, o ciclo do desempenho sexual fica impedido já no seu início, comprometendo a lubrificação e podendo causar dor durante o intercurso.