CONTRACEPÇÃO

Método natural (“tabelinha”)
O planejamento familiar natural ou “tabelinha” é baseado na sincronia do ciclo menstrual da mulher. Pode ser eficiente se adotado corretamente pelo casal que deve interromper as atividades sexuais durante o período fértil ou próximo à ovulação. É importante que o médico explique detalhadamente como utilizar esse método, para diminuir a chance de falhas... Pacientes com ciclos menstruais irregulares não são boas candidatas para esse tipo de método.
 
Métodos de barreira
Os métodos de barreira são extremamente importantes para a proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo AIDS e HPV (Papiloma vírus humano).
- Diafragma: dispositivo côncavo de borracha que se amolda dentro da vagina da mulher e cobre o colo do útero. Deve ser colocado cerca de 30 a 60 minutos antes da relação e sua eficácia aumenta quando associado a geléias espermicidas.
- Capuz cervical: pequena ventosa de borracha que se amolda sobre o colo do útero e permanece no local por sucção.
- Camisinha masculina (“condom”): Envoltório feito de látex, com o qual o homem recobre o pênis durante a atividade sexual. É o método mais eficiente para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e, deve ser colocado no início da relação sexual antes da primeira penetração.
- Camisinha feminina: Envoltório de plástico fino que se alinha internamente na vagina.Ela se mantém no local por um anel interno fechado junto ao colo do útero durante a relação sexual.
 
Dispositivo intra uterino-DIU
O DIU é um pequeno dispositivo de plástico que contém cobre ou hormônios e que deve ser introduzido pelo médico dentro do útero da mulher para impedir a gravidez. A presença do DIU dificulta a entrada dos espermatozóides no útero, a fecundação do óvulo nas trompas e, sua fixação à parede do útero. Alguns modelos de DIU podem aumentar o fluxo menstrual, enquanto outros diminuem tanto o fluxo quanto a intensidade de eventuais cólicas menstruais.
 
Contracepção hormonal
A contracepção hormonal baseia-se na administração de hormônios para impedir a fecundação através do bloqueio da ovulação ou dificultando a ascensão dos espermatozóides. Atualmente esses hormônios podem ser administrados por diferentes vias. Os mais conhecidos são os contraceptivos orais, chamados de pílulas anticoncepcionais, mas existem outros como veremos abaixo.
- Pílulas anticoncepcionais: As pílulas, ou anticoncepcionais hormonais orais, são utilizadas por milhões de mulheres em todo o mundo. São extremamente seguras e eficazes para a maioria das mulheres desde que tomadas corretamente. Este método pode apresentar risco para mulheres acima de 35 anos e para as fumantes inveteradas. Possuem as vantagens de regular o fluxo menstrual e ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer, como os de ovário e de endométrio, além de encurtar os períodos menstruais e diminuir as cólicas.
Existem mais de 20 marcas de pílulas anticoncepcionais, variando o tipo e concentração de hormônios. É importante consultar um médico para escolher a melhor opção assim como entender corretamente a forma de ingestão da medicação.
- Injetável mensal: A injeção contraceptiva mensal é composta de dois hormônios, estrogênio e progesterona, e deve ser aplicada uma vez por mês, pelo médico ou em farmácias. Pode ser utilizada como alternativa para pacientes que esquecem de ingerir a pílula diariamente.
- Injetável trimestral: Conforme o nome diz, esse método, composto de progesterona, pode ser usado a cada três meses, representando uma vantagem. Entretanto, muitas pacientes após algum tempo de uso do método apresentam aumento significativo de peso além de alterações no padrão menstrual.
- Adesivos: Recentemente foi lançado um tipo de adesivo que contém estrogênio e progesterona e pode ser trocado semanalmente pela paciente. Esse método é interessante para aquelas pacientes que esquecem de tomar a pílula ou tem náuseas com a medicação oral. O adesivo pode ser colocado em partes do corpo que fiquem sempre cobertas, mantendo a privacidade da usuária.
- Anel vaginal: Essa é mais uma das recentes alternativas para administração de hormônios contraceptivos. Um fino anel elástico é colocado pela própria paciente dentro de sua vagina e permanece lá por 3 semanas, sem que a paciente ou seu parceiro percebam sua existência. Após esse período o anel deve ser retirado e, uma semana depois, um novo anel é colocado na vagina da paciente.
- Implantes: São finos tubos de plástico, do tamanho de um palito de fósforo, introduzidos debaixo da pele do braço através de incisões mínimas. Eles liberam pequenas quantidades de progesterona e oferecem proteção contra a gravidez durante o período de 3 anos. Muitas pacientes apresentam diminuição da quantidade e duração da menstruação, podendo até interromper totalmente o fluxo menstrual após algum tempo de uso.
- DIU medicado (Mirena): Trata-se de dispositivo inserido na cavidade endometrial, que libera um hormônio (progestagênio) de forma contínua. Em muitas mulheres é capaz de causar amenorréia (interrupção das menstruações) ou diminuição do fluxo menstrual, além de diminuir a incidência de cólicas. Tem durabilidade de 5 anos e pode ser inserido no consultório médico, porém para a maioria das mulheres é um procedimento um pouco doloroso
 
Contracepção de emergência
A contracepção de emergência ou pílula do dia seguinte é utilizada em caráter excepcional, porém com grande eficiência se adotada dentro das 48 horas (dois dias) subseqüentes à relação sexual desprotegida.
É importante deixar claro que a contracepção de emergência deve ser utilizada apenas em casos excepcionais de imprevistos, devendo ser escolhido algum método contraceptivo convencional após o evento.
 
Esterilização
A esterilização impede que a gravidez aconteça através de uma cirurgia executada no homem ou na mulher.O procedimento de esterilização na mulher é chamado laqueadura de trompas. Já no homem é conhecido como vasectomia. Ambos são extremamente seguros e eficazes como métodos contraceptivos.
 
Esterilização feminina
A esterilização das trompas ou laqueadura é um procedimento cirúrgico que promove a obstrução das tubas uterinas, impedindo a fecundação. Muitas mulheres decidem fazer a laqueadura logo após o parto, porém, essa decisão deve ser refletida pelo casal e, métodos alternativos devem ser discutidos com o ginecologista. O procedimento em si é simples e atualmente já pode ser revertido, porém as taxas de sucesso da reversão giram em torno de 60 a 70%.
Algumas pacientes preferem esperar algum tempo depois do parto antes de fazer a laqueadura. Desejam certificar-se de que os filhos estão bem e decidir sem a influência dos hormônios gestacionais. A laqueadura pode ser feita por laparoscopia, necessitando apenas de algumas horas de internação.